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Sertões parte 1

O meu Rally dos Sertões, começou um pouco antes do oficial, afinal de contas tivemos que percorrer 2.500 km de Salvador até chegar em Mato Grosso do Sul – local da largada da competição. Dentre todas as coisas que vivi, começo essa narrativa, enfatizado que dos 30 integrantes da minha equipe (Expedição Aventura), só tinha eu e a Giovana de mulheres. Dentro daquele comboio de 20 carros, apenas duas mulheres, participavam da 27º edição de um Rally dos Sertões bem puxado e desgastante.

Simbora nessa aventura

Após os 2.500 km de estrada, finalmente chegamos no nosso destino. No meio do caminho, algumas paradas para rever os amigos, principalmente os “tritonzeiros”. Após descansarmos uma noite em Patrocínio/MS tomamos um café na companhia de Jordana, amiga tritonzeira e moradora da cidade e, depois seguimos para Campo Grande.

Chegando na capital sul-mato-grossense, nos encontramos com os integrantes da equipe Expedição e, participamos de um churrasco de recepção organizado pela galera de Campo Grande. A confraternização durou praticamente três dias com direito a muito churrasco.

No dia seguinte à calorosa recepção, adesivamos o Smurf e fomos à vila Sertões. Passeamos pelo acampamento, desfrutamos da feira gastronômica, visitamos as equipes e tietamos os pilotos competidores. Inclusive os amigos que levariam nossa torcida, dentre eles, os Leonardos que foram integrantes da Expedição no ano passado e agora em 2019 participaram como competidores.

Largada

A largada oficial do Sertões aconteceu no dia 25 de agosto, numa antiga estação de trem de Campo Grande. Após a passagem de todos os competidores, nós entramos na especial percorrida por eles e, fizemos cerca de 40km do percurso que beirava a linha da locomotiva. Pegamos o asfalto com destino a cidade onde seria montado a vila de apoio, construída para receber os competidores que percorreram o primeiro trecho da prova.

O Andarilho

Foi como apelidamos o Rogério, criador do Triton4x4Club, que decidiu de última hora participar do Sertões. Ele estava sem roupa suficiente para os dias de prova, comprou algumas poucas peças e caiu na estrada com a gente sem nenhuma preparação ou planejamento.

Rogério “pongava” de carro em carro, a bagagem dele hora estava na minha mala hora estava com ele, houve momentos que ele não encontrou quarto de hotel e como ainda não tinha barraca, por algumas vezes sua cama foi a rede estendida entre os carros.

Perrengues e Imprevistos

O cansaço e o banho foram um dos maiores perrengues que enfrentamos. Muitos da equipe por vários momentos foram vencidos pelo cansaço e recarregaram a energia quando e como dava. Por três dias, só conseguimos tomar banho de rio ou de cachoeira e quem não caia na água acabava dormindo sem tomar banho.

A noite em que dormimos nos Cânions do Piauí foi bem difícil, a quantidade de poeira era enorme estava bastante escuro e isso atrasou muito a chegada no acampamento. Depois de rodarmos quase 700km o dia inteiro, fizemos mais 45km de estrada de chão em intermináveis duas horas. Só conseguimos chegar no local do acampamento por volta das 2hrs da manhã.

O trecho foi curto mas muito muito cansativo, por conta da escuridão e da poeira não conseguíamos enxergar cinco metros à nossa frente. Precisamos ser cautelosos e acabamos fazendo o percurso em baixa velocidade. Esse foi um dos piores imprevistos que encaramos, levamos em consideração só a distância mas esquecemos da poeira. No final todo o esforço e cansaço foram recompensados pela incrível sensação de amanhecer naquele lugar.

Acidentes acontecem

No Super Prime, campeonato que antecedeu a largada dos Sertões, vários UTVs se envolveram em acidentes, um deles foi o do ator global, Caio Castro. O veículo que Caio pilotava capotou durante as disputas das semifinais da categoria, seu UTV teve perda total mas felizmente, o ator e seu navegador não sofreram ferimentos, saíram ilesos do acidente. Eles foram encaminhados ao hospital apenas para cumprir um procedimento padrão.

Tivemos também capotamentos dos carros favoritos da prova mas sem gravidade, não havendo a necessidade de encaminhar ninguém ao hospital. Pilotos de motos também sofreram algumas quedas.

No penúltimo dia de prova, o carro do Guiga Spinelli sofreu um capotamento. Ele foi entregue à equipe para a manutenção às 2hrs da manhã e, era pouco provável que tivesse condições de voltar para a estrada. No Sertões acidentes acontecem mas, vale ressaltar que os veículos contam equipamentos que asseguram a proteção dos competidores e, que os organizadores da competição montam toda uma estrutura para auxiliar os participantes nesses episódios infelizes.

Rangão

Durante a viagem experimentamos várias comidas típicas de Campo Grande, uma delas foi o Sobá: sopa que é patrimônio imaterial da capital. Ele é um prato de origem japonesa que leva carnes, vegetais e macarrão. Também saboreamos, pastel de jacaré no Mercadão , costela no bafo nos três dias que antecederam a largada da prova. Mas o que mais reinou foi o churrasco, por conta da sua praticidade e aceitação geral, em todo acampamento ele marcava presença.

Chef oficial

O chef oficial da Expedição foi o Fabinho, era ele o responsável por preparar os pratos que encantavam e alimentavam os integrantes da nossa equipe. Galinhada, baião de dois e peixada, foram alguns dos pratos preparados pelo nosso chef.

Camarotes

Para conferirmos a emocionante passagem dos competidores, montamos camarotes em diversos trechos da prova. Poças de água, riachos, cachoeiras, sombra de árvores e até cânions serviram para acomodar os apaixonados por velocidade.

Cachoeira de carros

Esse ano nós paramos em apenas um local em que os veículos passavam pela água, como a profundidade era um pouco maior, parte dos competidores atravessaram o trecho alagado com baixa velocidade. A água não era tão convidativa, então não desfrutei tanto da cachoeira de carros como no ano passado mas, a passagem dos competidores pelas poças e riachos não deixaram de ser um espetáculo.

Pontos turísticos e paisagens

Na viagem para Campo Grande, cruzamos diversos municípios dos estados da Bahia, Minas e Mato Grosso do Sul. Passamos por paisagens da caatinga, mata atlântica e cerrado, porém, a vegetação está bastante descaracterizada, extensas áreas estão ocupadas por pastagem. Em Minas, a seca estava muito grande e haviam diversas queimadas. Alguns pés de ipês amarelo e roxo que sobreviveram aos incêndios, enfeitavam as estradas.

Em Costa Rica/MS conhecemos algumas das lindas cachoeiras do parque municipal Salto do Sucuriú e também demos uma conferida no plantio de algodão.

Na noite seguinte, dormimos em Barra do Garças/MT e acordamos às margens do rio Araguaia.

Já no Jalapão e Alto Parnaíba, passamos por cachoeiras e rios de águas bem cristalinas.

Em Bom Jesus, na Serra das Confusões, nos deparamos com uma das paisagens mais lindas que já vi em todas as viagens que já realizei, os exuberantes cânions piauienses.

Vivenciei inúmeras aventuras e experiências nesta edição do Sertões, apenas um texto não daria conta de descrever os episódios desafiadores e divertidos que experimentei. Por isso, irei compartilhar vídeos do canal AutoNewsTV que acompanhou nossa Expedição bem de pertinho e pôde fazer registros incríveis e, muito em breve postarei o Sertões parte 2 para finalizar essa história repleta de velocidade, emoção e poeira.

>>> https://youtu.be/MjVTaA7WLMM <<<

>>> https://youtu.be/cccu2ECeQ90 <<<

Copie os links e confira as primeiras emoções da Expedição Aventura 2019

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  • LuBacaicoa
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