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Bem-vindos ao Jalapão!!!

Tive a oportunidade de visitar o Jalapão por quatro vezes. A primeira foi com um grupo de amigos, em junho de 2015, éramos um comboio de cinco carros (nessa época eu tinha o Transformers).  A segunda, foi em junho de 2018 acompanhando a expedição Jalapão realizada pelo Triton4x4Club e Itamotors, a viagem repercutiu tanto que, em Janeiro de 2019  o grupo reuniu um comboio de sete tritons vindos do RS, SP e RJ para desbravarmos o Jalapão e região. E por fim, em agosto do mesmo ano, retornei ao Jalapão junto com o Rally dos Sertões.

Do São João para o Jalapão

Cada viagem ao Jalapão trouxe novos caminhos e novas descobertas. Em 2015, eu vinha de uma grande expedição pelo nordeste, saí do São João de Campina Grande/PB e seguia para a Serra da Capivara no Piauí, descemos até a Bahia e entramos no Jalapão pela cidade de Luis Eduardo Magalhães.

Já a noite, nos perdemos bastante nos imensos plantios de soja e algodão até finalmente encontrarmos a Pedra da Baliza, divisa entre os estados do TO, BA, PI e MA, localizada na Estação Ecológica da Serra Geral. De lá, conseguimos chegar a Mateiros, onde se concentra a maior parte da região ecoturística do Jalapão. 

Nessa viagem usamos Mateiros como nossa base para realizarmos os passeios para as atrações existentes no entorno e depois seguimos em direção a cidade de São Félix para darmos a volta completa pelo Parque Estadual do Jalapão, visitando as atrações que ficam nesse outro lado menos explorado. 

Nessa oportunidade saímos do Jalapão e seguimos viagem para a Chapada dos Veadeiros, assunto que rende mais um texto para o blog.

Expedição Trition4x4Club e Itamotors

Com a Expedição Triton4x4Club e Itamotors tínhamos um enorme desafio: conhecer as belezas do Jalapão em menos de três dias pois, a expedição daria uma volta por todo o nordeste e retornaria a São Paulo.


Estávamos em duas tritons sport zero, íamos testar a capacidade do lançamento da Mitsubishi num dos terrenos mais casca grossa do nosso país. 

Comboios menores nos permitem maiores velocidades e, com toda nova tecnologia dos carros conseguimos andar pelas estradas ruins do Jalapão com uma velocidade bem melhor do que normalmente se consegue em comboios maiores com diversos modelos de carros.

Dessa vez começamos a explorar a região pelo município de Natividade, cidade que remonta às origens do Tocantins, ao ciclo do ouro quando os Bandeirantes enfrentaram a resistência dos índios Xavantes e ocuparam a região norte do Goiás, entre 1724 e 1734. 

A cidade que hoje tem cerca de 10 mil habitantes, chegou a ter 40 mil escravos no ciclo do ouro. Ainda hoje, possui minas de ouro em atividade e se destaca pela produção de jóias. 

Natividade é repleta de história e atrações ecoturísticas como trilhas, rios e cachoeiras. Infelizmente dessa vez só apreciamos um pouco da arquitetura, um delicioso almoço e a certeza de que precisaríamos voltar para conhecer melhor a região.

Partimos para a cidade de Ponte Alta/TO, agora sim iríamos entrar no Jalapão. Nosso cartão postal foi a Reserva Natural Lagoa do Japonês, de água esverdeada, translúcida, perfeita para um banho e mergulho com os peixes. 

Já na volta nos caminhos do Jalapão pegamos um pôr do sol perfeito e, fechamos o dia com um churrasco na base da Pedra Furada, com um céu coalhado de estrelas, inesquecível. Após comemorarmos nossa chegada ao Jalapão, seguimos para Ponte Alta onde passamos a noite.

Na manhã seguinte, abastecemos os carros bem cedo e seguimos viagem. Nosso objetivo era fazer o maior número de atrações possíveis. Nesse dia visitamos o cânion Sussuapara, a cachoeira da Velha, o deserto do Jalapão e dormimos em Mateiros. 

No dia seguinte conhecemos dois fervedouros existentes no caminho para a cachoeira da Formiga e seguimos pelos acessos dos plantios de soja e algodão até alcançarmos a cidade de Corrente, já no estado do Piauí, onde nos despedimos de Rogério, Felipe e Júlio, que seguiram para o litoral nordestino.

Ao fim dessa expedição, os meninos chegaram em suas casas cheios de histórias e loucos para voltar ao Jalapão e foi o que fizeram. No início do ano seguinte alguns participantes do grupo do RS, RJ e SP se juntaram e seguiram para mais uma aventura, e é claro que eu não fiquei de fora. 

De volta ao Jalapão

Nosso ponto de encontro foi na cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina. Ficamos três dias passeando pela região até finalmente pegarmos a estrada rumo ao Jalapão. Dessa vez entramos no parque pela cidade de Dianópolis, paramos para um banho na cachoeira da Fumaça e seguimos para montar nosso camping aos pés da Pedra Furada. Quando chegamos já era noite, o céu estava bastante estrelado… armamos nossas barracas, as churrasqueiras e comemoramos o Jalapão mais uma vez! 

Catedral

Antiga pista de pouso que pertencia a Pablo Escobar

Bem cedinho acordamos com o barulho de centenas de papagaios, tomamos um café delicioso e quando os primeiros turistas começaram a aparecer nós já estávamos prontos para partir. Passamos em Ponte Alta e abastecemos os carros. 

Dica de ouro: sempre abasteça o carro, mesmo que o tanque esteja quase cheio. Só se encontra combustível nas cidades do entorno e, mais próximo ao parque só há combustível na cidade de Mateiros e em São Félix, lembrando sempre que as distâncias são longas e as condições das estradas não são nada boas.

Seguimos fazendo as atrações mais importantes: cachoeira da Velha;  deserto do Jalapão; fervedouros da Ceiça, Buritis, Buritizinho ;cachoeira da Formiga; fervedouro Bela Vista (já em São Felix), cachoeira das Araras; rafting no rio Soninho; serra do Gorgulho; Catedral e desbravamos uma trilha #offroad que dava numa estrada principal que nos levava a Ponte Alta, caminho de retorno dessa volta completa ao Parque Estadual do Jalapão.

Deserto

Sertões 2019

Minha passagem no Jalapão junto com o rally dos Sertões foi igualmente inesquecível. Nossa rotina é bastante puxada, chegamos nos acampamentos sempre depois de todos os competidores e iniciamos os trechos das especiais antes deles. Para entrarmos no Jalapão, precisamos levantar às 3hrs da madrugada para chegarmos em Novo Acordo no alvorecer.

Uma nova porta de entrada ao Parque, não menos surpreendente, casca grossa e cheia de paisagens lindas. Para chegarmos no local de onde veríamos os competidores passar, pegamos um trecho da trilha #offroad que fizemos há uns meses atrás com a galera do Triton4x4Club. Tínhamos uma cachoeira só pra gente, nosso camarote para observarmos a passagem dos competidores e fazermos nosso famoso churrasco. 

Dormimos acampados no fervedouro Bela Vista. No dia seguinte, seguimos do Parque Estadual do Jalapão para o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba e na sequência, para o Parque Nacional Serra das Confusões. 

Nessas muitas idas ao Jalapão enfrentei períodos de seca e também de chuva. As estradas por lá não são asfaltadas e, devido ao tipo de terreno em determinados pontos formam-se bolsões de areia, trechos de cascalhos e, uma grande extensão de “costelas de vacas” (ondulações). 

É possível percorrer as estradas do parque de carro convencional mas, haverá um desgaste maior e, se for em período chuvoso existe a possibilidade de se deparar com trechos de atoleiros. Um carro 4×4 é mais adequado para o Jalapão.  Não há grandes estruturas no entorno do parque, portanto, uma quebra de carr

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  • LuBacaicoa
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